Águia-imperial-ibéricaAquila adalberti

Estatuto de conservação

Esta espécie é endémica da Península Ibérica, mas infelizmente é a ave de rapina mais ameaçada da Europa. Esta ave de grande porte distingue-se pelas penas brancas nos ombros e nuca, mas a plumagem passa por seis fases distintas até atingir a coloração final de adulto.

O seu habitat preferencial é constituído por montado e matagal mediterrânico intercalado com áreas abertas, como pastagens. A existência de bosquetes florestais é privilegiada e a presença de alimento abundante, em especial o coelho-bravo, é um requisito essencial. No entanto, outras espécies fazem parte da sua dieta, como a lebre, a perdiz-vermelha e outras aves de pequena e média dimensão. Como predador de topo, a Águia-imperial-ibérica desempenha um importante papel regulador dos ecossistemas.

O acentuado declínio da espécie levou ao desaparecimento da população reprodutora em Portugal entre finais dos anos 70 e início dos anos 80. Atualmente, a espécie nidifica de forma localizada no leste da Beira Baixa e Alentejo com três núcleos populacionais. A maioria da população desta espécie encontra-se em Espanha, onde o crescimento é estável.